O Ministério Público de São Paulo quebrou o sigilo das contas bancárias do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e descobriu transações milionárias em suas contas. As informações foram publicadas pela Revista Crusoé.
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Agora, o Ministério Público pode avançar nas investigações de sonegação e lavagem de dinheiro.
Segundo a publicação da revista, o ministro repassou cerca de R$ 2,75 milhões da conta bancária de seu escritório de advocacia para sua conta pessoal. O curioso foi o número de transações e o período em que foram realizadas. Entre 2014 e 2017, Salles realizou 54 transferências bancárias para passar o valor à sua conta pessoal.
Neste período de 2014 a 2017, o ministro foi secretário particular do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do meio ambiente do estado.
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O inquérito foi aberto em agosto do ano passado para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito, entre 2012 e 2017, por parte de Salles. Ele teria acumulado R$ 7,4 milhões em cinco anos atuando no governo do estado de São Paulo.
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Evolução do patrimônio
Em 2012, quando se candidatou para ser vereador de São Paulo, Salles declarou ao TSE uma quantia de R$ 1,4 milhão, entre aplicações financeiras, um carro, uma moto e 10% de um apartamento.
6 anos depois, em 2018, quando foi então candidato ao cargo de Deputado Federal, ele declarou R$ 8,8 milhões em patrimônio. Foram declarados dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, um barco de R$ 500 mil e R$ 2,3 em aplicações financeiras.
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Por meio do Twitter, Ricardo Salles se pronunciou e disse que a acusação é 'mentirosa'. "Matéria mentirosa. Todos os meus rendimentos ditos “repassados” são honorários declarados e decorrentes da minha atividade privada como advogado", disse Salles.
Veja a publicação na sequência: