Ministro defendeu falas de Bolsonaro e filhos
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Ministro defendeu falas de Bolsonaro e filhos

O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, afirmou que não há possibilidade de golpe contra a democracia.

Em entrevista à rádio Band, Ramos negou que o presidente Jair Bolsonaro chancele as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que um "momento de ruptura" não seria uma questão de "se", mas de "quando".

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"O presidente da República, Jair Bolsonaro, nunca falou em ruptura. Como diz o (Paulo) Guedes, Bolsonaro é reativo, é atacado", afirmou Ramos à Band, alegando que os filhos do presidente têm imunidade parlamentar e “podem falar o que quiserem”.

"Mas não está chancelado pelo presidente", reiterou o ministro da Secretaria de Governo.

O ministro também afirmou que sua geração de militares é “radicalmente” democrática e que falar em ruptura da democracia soa como ofensa às Forças Armadas.

"É ofensivo às Forças Armadas, em particular ao Exército Brasileiro, alguém dizer que vai haver ruptura e que vai haver golpe. Isso é ofensivo, não é aceitável. A minha geração é radicalmente democrática", completou.

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Durante a entrevista, o ministro também afirmou não representar o Exército enquanto está como ministro da Secretaria de Governo.

"Estou no governo como um cidadão brasileiro convocado pelo presidente. Eu não tenho tropa, não participo de atividades do Alto Comando do Exército. Não tenho influência, eu tenho é relação de amizade", afirmou.

"A minha responsabilidade de estar no governo é de não fazer feio, de corresponder à confiança e história que eu tenho no Exército. Agora, eu realmente não estou ali representando as Forças Armadas".

O ministro disse ainda que a história do Brasil está cheia de militares que participaram do governo.

"Mas eu não estou representando as Forças Armadas e não uso farda. Eu estou ali como cidadão e com um peso nas costas de representar não as Forças Armadas, mas a minha história no Exército".

Ramos ainda tentou explicar que as indicações políticas do Centrão. Ele usou como exemplo a nomeação de Rogério Marinho, alegando que apesar de político, tem perfil e faz bom trabalho no Ministério de Desenvolvimento Regional.

"Qual é a grande diferença do toma lá dá cá, dos desmandos, da falcatrua que ficou no imaginário do pessoal? É o seguinte: lá atrás, o elemento chegava, um partido, e pedia o cargo tal. Em 48 horas, o cara estava empossado. Então já é uma grande diferença", disse.

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"Hoje existe uma indicação e vou dar exemplo de indicação política positiva. No início do governo, eu não estava aqui e é bom o ouvinte saber. Os deputados de Brasília indicaram para o Paulo Guedes lá no CCBB, na transição, o nome do Rogério Marinho, um deputado que não tinha sido reeleito, que fez um trabalho correto, honrado na Reforma Trabalhista, mas pagou o preço. Não foi reeleito, mas é um quadro de exemplo e está fazendo um excelente trabalho. A diferença do passado é que existe sistema de consulta para a nomeação do cargo", completou.

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