Presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (sem partido) na rampa do Palácio do Planalto para saudar simpatizantes e apoiadores do seu governo
Edu Andrade /Fatopress / Agência O Globo
Presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (sem partido) na rampa do Palácio do Planalto para saudar simpatizantes e apoiadores do seu governo


O presidente Jair Bolsonaro criticou na terça-feira os protestos que estão sendo realizados nos Estados Unidos pelo assassinato de George Floyd. Bolsonaro disse lamentar a morte de Floyd — um homem negro asfixiado até a morte por um policial branco — e afirmou que abusos devem ser punidos, mas disse que "o que está se fazendo lá" é algo que ele "não gostaria que acontecesse no Brasil".

" Lá o racismo é diferente um pouco do Brasil. Tá mais na pele . Então, houve um negro lá que perdeu a vida, a gente vendo a cena a gente lamenta...Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que eu não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente, qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, esse tipo de movimento nós não concordamos ", disse, ao chegar no Palácio da Alvorada, na noite de terça-feira.

Depois, o presidente fez referência a um vídeo que havia publicado em suas redes sociais em que o xerife do condado de Polk, na Flórida, encoraja moradores a atirarem em invasores. De acordo com Bolsonaro, a destruição não é uma forma de protesto.

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" Botei agora há pouco um vídeo de uma autoridade policial dizendo que não admite que esses grupos partam para o vilarejo ou cidade com a ideia de destruir tudo. Isso não pode...Isso não é forma de protesto, não é maneira de buscar justiça", disse.

'Retaguarda jurídica' para manifestações

Bolsonaro criticou movimentos brasileiros que se definem como antifascistas e classificou eles como " terroristas " e " marginais ":

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"Começou aqui com os antifas em campo. Um motivo no meu entender político, diferente. São marginais, no meu entender terroristas. E tem ameaçado domingo fazer movimentos pelo Brasil, em especial aqui no DF", declarou Bolsonaro.

O presidente defendeu uma "retaguarda jurídica" para essas situações, sem entrar em detalhes. No ano passado, Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto que estabelece um excludente de ilicitude para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e disse que seria uma medida para evitar protestos.

" Nós precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando crescente esse tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia", disse.

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Bolsonaro ainda disse que não quer o Brasil " se transforme" no Chile , que no ano passado teve uma onda de manifestações.

"Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile. Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso no meu entender é terrorismo. E a gente espera que esse movimento não cresça porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja", finalizou.

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