O procurador-geral da República, Augusto Aras, deseja que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja o último a prestar depoimento no inquérito que investiga supostas interferências de Bolsonaro na Polícia Federal, segundo divulgou nesta terça-feira (19) pela coluna de Andréia Sadi, da Globo .
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Aras está analisando quais depoimentos ocorrerão na próxima semana e pensa em ouvir mais uma vez o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Segundo relatos de assessores do procurador, ele avalia que Moro “partiu para o ataque contra o presidente [ Bolsonaro ]” depois do depoimento do antigo diretor-geral da PF Mauricio Valeixo.
Entre os novos depoimentos, Aras também analisa ouvir pessoas citadas pelo empresário e presidente estadual do PSDB no Rio de Janeiro, Paulo Marinho – que afirma que houve vazamento em 2018 de uma operação da PF para o filho do presidente, Flávio Bolsonaro .
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Marinho será ouvido nesta quarta-feira (20) e um procurador irá acompanhar o depoimento in loco. Aras também pensa em pedir o depoimento de pessoas envolvidas neste suposto vazamento , como o advogado Vitor Alves que trabalho com Flávio e também estaria, segundo Marinho, ciente do vazamento.
O procurador-geral tem mostrado preocupação com o aumento da investigação, segundo informações da coluna. Aras acredita que o inquérito que deveria demorar 60 dias “não acaba antes de 2022”.
Aras chegou a avaliar que o inquérito pode “vira palanque eleitoral” caso o ministro do STF responsável pelo caso, Celso de Mello, decidir divulgar integralmente o vídeo de uma reunião de Bolsonaro com seus ministros que está sendo analisada no inquérito.
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Em relação ao depoimento de Bolsonaro , Aras deseja que o presidente seja questionando sobre as trocas na segurança.