Membros da oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiram às acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho de que a Polícia Federal (PF) avisou Flávio Bolsonaro de que uma nova operação que seria deflagrada teria ele como um dos alvos
. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo
, Marinho, que hoje é suplente de Flávio no Senado, disse que o objetivo do aviso foi evitar que a operação prejudicasse a campanha presidencial de Bolsonaro em 2018.
Em um vídeo publicado no Facebook, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que também é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) afirmou que "se comprovadas as denúncias, o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] pode anular as eleições de 2018. Ele pode cassar a chapa Jair Bolsonaro e Mourão para que tenha novas eleições ainda em 2020".
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O parlamentar também usou sua conta no Twitter para se manifestar e escreveu que a "denúncia se trata de uma clara interferência da PF do Rio no pleito".
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O ex-ministro Fernando Haddad (PT-SP), que foi adversário de Bolsonaro em 2018 e chegou a disputar o segundo turno com ele, foi outro que foi ao Twitter comentar o caso. "Conforme suspeita, suplente de Flavio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° é o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama FRAUDE!", escreveu o petista.
As críticas também da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que cobrou investigações das denúncias e disse que "só não descobre quem não quer", sugerindo que Flávio Bolsonaro é um "criminoso". Joice também foi uma das principais apoiadoras de Bolsonaro e foi eleita na esteira do bolsonarismo. Hoje, porém, é rompida com o governo federal.
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que também era aliado e se tornou um desafeto do presidente, usou a rede social para dizer que considera, inclusive, a possibilidade de um processo de impeachment para tirar Bolsonaro do cargo.
O petista Paulo Pimenta (PT-RS) confirmou que a oposição na Câmara vai protocolar um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as revelações do ex-aliado da família Bolsonaro.