Com o pedido de demissão do ministro Nelson Teich nesta sexta-feira, ele se tornou o 9º ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro a deixar a equipe do primeiro escalão. Médico oncologista, Teich não chegou a completar um mês no cargo, o que iria ocorrer no próximo domingo. Ele substituiu Luiz Henrique Mandetta que saiu em abril, dias de Sergio Moro, o penúltimo a pedir demissão do cargo no Ministério da Justiça, depois de acusar Bolsonaro de inter politicamente na PF.
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Relembre os outros ministros que deixaram o governo Bolsonaro:
Sergio Moro
Conhecido por seu trabalho na Operação Lava-Jato no Paraná, o ministro deixou a magistratura em 2018 após receber um convite do presidente para assumir o Ministério da Justiça. Desde meados do ano passado, Bolsonaro anunciava publicamente uma intenção de modificar o superintendente da PF no Rio e depois o diretor-geral da PF, o que iniciou uma crise entre ele e Moro
. O episódio final no ministério foi a exoneração de Maurício Valeixo, então diretor-geral sem acordo com Moro, que saiu da pasta acusando o presidente de pedir relatórios de inteligência.
Luiz Henrique Mandetta
Desde que a pandemia de coronavírus começou no Brasil, Mandetta
passou a endossar políticas de isolamento social, como em outros países. Essa situação o colocou em confronto com Bolsonaro e ele acabou demitido em 16 de abril. O substituto foi justamente Nelson Teich que agora deixa o ministério também.
Osmar Terra
Terra
deixou o governo em fevereiro numa mudança que fez com que seu lugar fosse ocupado por Onyx Lorenzoni, na época, ministro da Casa Civil.
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Gustavo Canuto
O ministro deixou a pasta este ano, mas foi realocado para a presidência do Dataprev. No lugar dele, quem assumiu foi Rogério Marinho, secretário Especial do Trabalho e da Previdência.
General Floriano Peixoto
O general deixou a Secretaria-Geral da Presidência durante uma série de outras mudanças e acabou nomeado para a presidência dos Correios. Quem assumiu o ministério foi Jorge Antônio de Oliveira Francisco, major da reserva da PM e que, na época, era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Ele foi assessor do presidente na Câmara dos Deputados e de seu filho Eduardo Bolsonaro também.
Carlos Alberto dos Santos Cruz
Santos Cruz foi demitido pelo presidente em junho do ano passado depois de uma série de divergências com Carlos Bolsonaro e um processo de “fritura” nas redes sociais com apoiadores do presidente que são defensores de Olavo de Carvalho. No lugar dele, assumiu o general Luiz Eduardo Ramos.
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Ricardo Veléz
O primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro foi demitido dois meses após assumir o cargo, em 8 de abril do ano passado. Veléz
se envolveu em diversas polêmicas e confusões com seus assessores e terminou substituído por Abraham Weintraub.
Gustavo Bebianno
Bebianno , ex-presidente do partido que levou Bolsonaro à presidência, ocupava a Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele foi o primeiro a ser demitido por entrar em conflito com Carlos Bolsonaro e acabou fora do governo em 18 de fevereiro. Para o lugar dele, primeiro foi o general da reserva Floriano Peixoto Neto. Atualmente, está o Jorge Oliveira.Bebbiano morreu de infarto no início deste ano.