Augusto Aras e Jair Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR
Augusto Aras e Jair Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras , pediu nesta segunda-feira (4), que a Polícia Federal (PF) também ouça o depoimento de outros ministros, da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), do  ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo e de outros delegados no inquérito que investiga a suposta interferência política do presidente  Jair Bolsonaro na corporação policial, segundo a acusação feita pelo ex-ministro Sérgio Moro. Além disso, Aras também requeriu o envio de vídeos de uma reunião no Planalto em 22 de abril, para confirmar se Bolsonaro teria pedido a demissão de Valeixo.

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Aras solicitou que o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o ministro do GSI, Augusto Heleno, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP); o ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo; os delegados da PF Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira e Alexandre Ramagem Rodrigues deponham para o inquérito.

Ele afirma que essas pessoas devem ser ouvidas sobre "eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do Presidente da República perante o Departamento de Polícia Federal , visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes".

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Os pedidos de Aras serão analisados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello , que é o relator do caso na corte. Apenas com suas autorização, os depoimentos serão realizados.

Aras também solicitou o envio de "registros audiovisuais" de uma reunião no Palácio do Planalto, em 22 de abril, com a participação de Bolsonaro, ministros e presidentes de bancos públicos. O objetivo é verificar uma fala de Bolsonaro , que foi alegada por Moro . O ex-ministro afirma que nesse encontro, o presidente teria cobrado a substituição de Valeixo e do superintendente da PF no Rio de Janeiro e também "relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal".

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Os pedidos de Aras ocorreram após o ex-ministro Sérgio Moro ter deposto, neste sábado (2), sobre as acusações que fez contra Bolsonaro.

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