O ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o doleiro Dario Messer foram denunciados nesta quarta-feira, mais uma vez, pela força-tarefa da Lava Jato à Justiça Federal. Desta vez, eles foram alvo do Ministério Público Federal (MPF) juntamente com o empresário Edson Figueiredo Menezes, ex-presidente do Banco Prosper. Os três são acusados pelos procuradores por evasão de divisas e lavagem de cerca de US$ 303 mil (quase R$ 1,7 milhão) em 2011. O juiz Marcelo Bretas vai decidir se aceita ou não a denúncia.
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De acordo com a força-tarefa da Lava Jato
no Rio, os recursos oriundos de corrupção e fraudes a licitações foram movimentados por Messer e Menezes a serviço de Cabral. A lavagem de dinheiro ocorreu, segundo a denúncia, quando Menezes adquiriu cerca de US$ 303 mil em vinhos em um único leilão internacional para o ex-governador, sendo posteriormente ressarcido por meio da rede de doleiros de Messer. As penas pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro podem chegar a mais de vinte anos de prisão.
A denúncia elenca que o Cabral enviou para o exterior valores em reais equivalentes a US$ 303 mil, creditados em conta nas Ilhas Cayman, da offshore de Menezes. A movimentação foi feita por intermédio da rede de doleiros de Messer .
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Cabral está preso desde novembro de 2016 e já está condenado a mais de 267 anos de prisão por denúncias da Lava Jato
. Messer foi preso em julho do ano passado e, no início de abril deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu mandá-lo para prisão domiciliar. Na decisão, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca afirmou que Messer se encaixa no grupo de risco para a Covid-19
por ter 61 anos, ser hipertenso e fumante.