Nesta terça-feira (28), o senador Fernando Collor de Mello (PROS-AL) declarou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caminha para sofrer um processo de impeachment. As informações são do colunista Josiais de Souza.
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Segundo Collor , que foi alvo de ação similar em 1992, a abertura do inquérito contra Bolsonaro é o primeiro passo para o impeachment . Na segunda (27), o ministro Celso de Mello, do STF, autorizou a abertura de investigação para apurar as denúncias feitas por Sergio Moro, ex-ministro da Justiça.
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"Pelo que já vivi, isso são favas contadas. Se houver manifestação do Supremo [Tribunal Federal] indo para o Congresso, será autorizado esse processo imediatamente", iniciou o ex-presidente da república e senador.
"Mas, se isso ocorrer, o quadro político deve encaminhar a ação para o impeachment. É imprevisível se vai ser de um lado ou do outro; mas que é um desenlace anunciado, é", continuou ele.
Na visão do ex-presidente, a aproximação Bolsonaro com o centrão, grupo que reúne mandatários de partidos como o PP, PL, Solidariedade e Republicanos, é atrasada. "Demorou demais, e agora de afogadilho [isto é, de forma apressada] iniciar esse tipo de contato... Não é tão agradável essas investidas que o presidente está fazendo. Está fazendo de um modo equivocada, o presidente da Câmara não está participando".
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"Ninguém é a favor do toma lá da cá, mas todos nós democratas temos que ser a favor de um entendimento entre os poderes. No caso do Legislativo e Executivo, com maior razão ainda", finalizou Collor sobre Bolsonaro .