Bolsonaro está sem apoio de governadores e deputados da Câmara
Marcos Corrêa/PR
Bolsonaro está sem apoio de governadores e deputados da Câmara

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (18) que a paralisação da atividade econômica causada pelas restrições em estados e municípios para conter o novo  coronavírus  (Sars-CoV-2) podem afetar o pagamento de salários de servidores públicos .

A declaração foi dada a um grupo de apoiadores no Palácio do Planalto. O presidente criticou as medidas de isolamento social adotadas por gestores locais.

"Desde o começo, sozinho, venho falando dos dois problemas, o vírus e o desemprego. O desemprego já se faz presente no seio da sociedade. Os informais cresceram muito, são quase 40 milhões no Brasil. O pessoal celetista também milhões já perderam seus empregos. A economia não roda dessa forma. Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, e o Brasil está mergulhando num caos", afirmou o presidente.

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A queda na arrecadação de impostos é um dos efeitos da paralisia na atividade econômica. Para mitigar esse problema, estados e prefeitos querem que a União compense os governos locais pelas perdas, conforme projeto aprovado por deputados semana passada e criticado pelo governo.

A ideia tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao fazer referência indireta a Maia, Bolsonaro afirmou que não vão tirá-lo do cargo.

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"Eu quero crer que não seja apenas má vontade desses políticos que não vou nominar aqui querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui", disse o presidente, enquanto manifestantes gritavam 'Fora, Maia'.

Na última quinta-feira, Bolsonaro acusou Maia, em entrevista à CNN, de "conduzir o Brasil para o caos", ao criticar o texto de ajuda aos estados. Na ocasião, o presidente afirmou ainda que a proposta equivale a "matar a galinha dos ovos de ouro", em referência ao impacto da medida sobre as contas do governo federal.

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