O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em entrevista à revista Veja que ficará no cargo apenas até o presidente Jair Bolsonaro encontrar um substituto para o comando da pasta.
"Fico até encontrarem uma pessoa para assumir meu lugar", afirmou Mandetta . Ele descartou a possibilidade de ficar por mais tempo na função por estar cansado de tentar convencer o governo da linha a ser adotada no combate ao coronavírus.
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"São 60 dias nessa batalha. Isso cansa! (...) 60 dias tendo de medir palavras. Você conversa hoje, a pessoa entende, diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente. Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né? Já ajudamos bastante", afirmou.
Mandetta disse não saber se será alterada a política de enfrentamento liderada por ele, que tem o isolamento social como um dos nortes, mas afirmou que "o vírus não negocia com ninguém", citando a mudança de postura do presidente norte-americano, Donald Trump, que relutou a apoiar políticas de restrição de circulação de pessoas.
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O ministro descartou a possibilidade de ser secretário de Saúde em Goiás, para onde teria sido convidado pelo governador Ronaldo Caiado, de quem é amigo, dizendo que pode ajudar "informalmente".
Questionado sobre disputar o governo de seu estado, Mato Grosso do Sul, disse que muita coisa pode acontecer até 2022. E prometeu ajudar quem foi escolhido para seu lugar no ministério:
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"Nós vamos ajudar quem entrar, se quiser nossa ajuda. A gente tem compromisso com o país. Aqui é tudo marinheiro antigo, não tem principiante, ninguém vai torcer contra".