Nesta quinta-feira, 16, o oncologista e empresário da área da saúde Nelson Teich foi confirmado como novo ministro da Saúde. Ele assume o cargo após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitir Luiz Henrique Mandetta (DEM), após semanas de divergências quanto às medidas de combate à pandemia do novo coronavírus .
Teich nasceu no Rio de Janeiro e é formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Se especializou em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ele é consultor de serviços médicos pela Teich Health Care, em que é sócio. Ele também é doutor em Ciências da Saúde com ênfase em Economia da Saúde pela Universidade de York, do Reino Unido.
O médico não é figura nova no Governo Federal
e, em 2018, foi consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro. Apesar de cotado para o cargo, foi Mandetta quem acabou assumindo a pasta da Saúde.
Leia também: "Vamos combater a Covid-19 de forma técnica e científica", diz Teich
Ele ainda trabalhou como assessor de Denizar Vianna, secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, de setembro de 2019 a janeiro deste ano. Também foi sócio de Vianna em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento experimental, a MDI Instituto de Educação e Pesquisa.
A parceria profissional entre ambos durou por uma década, de 2009 a 2019. O foco da empresa era o desenvolvimento de profissionais e de projetos em áreas das ciências sociais, humanas, físicas e naturais.
Você viu?
Leia também: O que pensa Nelson Teich, novo ministro da Saúde, sobre Covid-19
Em 2009, Teich fundou a organização sem fins lucrativos COI Instituto de Gestão, Educação e Pesquisa, que visa trabalhar no desenvolvimento de pesquisas para cuidados com o câncer. Em 2016, também planejou sua empresa de pesquisa e consultoria em economia da saúde, a Medinsight - Decisões em Saúde.
Entre 2010 e 2011, ele chegou a prestar consultoria ao Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, hoje uma das referências de combate ao novo coronavírus no país.
Leia também: Após demissão de Mandetta, Bolsonaro fala em responsabilização por "excessos"
Recepção ao novo ministro
A decisão de convidar Teich para liderar o ministério da Saúde foi vista como positiva para algumas organizações e instituições médicas. Entre elas, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Leia também: Demissão de Mandetta provoca panelaço e gritos de "Fora Bolsonaro" no país
Segundo a diretora da organização, Angélica Nogueira, o novo ministro é “tecnicamente preparado” e conseguirá desenvolver uma boa relação com o Governo Federal. Segundo ela, a maior preocupação do oncologista no momento é o de se dedicar “a causas públicas”.