O presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite desta quarta-feira (8) e disse que vai importar matéria-prima da Índia para produzir cloroquina no Brasil. O acordo, segundo o presidente, foi feito em um encontro pessoal que ele teve com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Sobre o uso do medicamento no combate à Covid-19 , Bolsonaro cutucou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , por meio da parabenização do cardiologista Roberto Kalil Filho, do hospital Sírio-Libanês. O médico admitiu que tomou o remédio para se curar da doença, prática que só é defendida por Mandetta para pacientes com caso crítico ou grave.
Leia também: Mandetta rebate Doria sobre cloroquina e diz que "ninguém é dono da verdade"
"Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o juramento de Hipócrates ao assumir que não só usou a hidroxicloroquina bem como a ministrou para pacientes. Todos estão salvos", disse o presidente ao elogiar a atitude do médico.
"Mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil", completou.
Você viu?
Leia também: OMS aponta Fiocruz como laboratório de referência nas Américas
Durante o pronunciamento, Bolsonaro também voltou a manifestar sua preocupação com a economia em meio à pandemia, mas disse que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) é o inimigo da população ao lado do desemprego.
"Cada país tem suas particularidades. Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia. O desemprego também leva à fome e à miséria", disse Bolsonaro, fazendo referência a um dos discursos do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
Assista à integra do pronunciamento: