O ministro da Saúde
, Luiz Henrique Mandetta
, afirmou nesta sexta-feira (20) que a transmissão
do novo coronavírus
só terá "queda profunda" a partir de setembro. A previsão foi feita pelo chefe da pasta durante videoconferência do presidente Jair Bolsonaro com empresários em um cenário de aumento dos números de contaminações e mortes causadas pela Covid-19
.
"No mundo ocidental, onde as informações são mais fidedignas [...], fica caracterizado que o vírus tem um padrão de transmissão, [que] ele é muito competente", declarou o ministro.
De acordo com os dados das secretarias estaduais de saúde, os infectados pelo coronavírus no Brasil são 793, sendo que a maioria deles está em São Paulo (345). Já o número de mortes é de 11, com nove delas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.
Esses números são maiores se comparadas com as estatísticas do Ministério da Saúde, que ainda estão em 621 casos confirmados e seis mortes.
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"São Paulo está fazendo o início do seu redemoinho [de transmissão]. A gente imagina que ela vai pegar velocidade e subir nas próximas semanas, 10 dias. A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida, isso vai durar os meses de abril, maio, junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração. O mês de julho deve começar o platô. Em agosto o platô vai começar a mostrar tendência de queda e aí a queda em setembro é profunda, tal qual a de março na China", disse Mandetta.
Nesta sexta-feira, os estados do Amapá e do Mato Grosso identificaram seus primeiros casos. O Pará já registrou dois homens infectados, na faixa etária dos 35 anos, e o Acre alcançou sete casos. Somente o Maranhão, Rondônia e Roraima ainda continuam sem casos confirmados.
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Segundo o Ministério da Saúde, já há transmissão sustentada ou comunitária em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essa caracterização é dada quando um vírus já circula de forma livre em um grupo de pessoas sem que nenhuma delas tenha viajado para fora do País e quando a origem das infecções não pode mais ser rastreada.