Após o segundo teste para o novo coronavírus feito pelo presidente Jair Bolsonaro dar negativo, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou, em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, que "inexistiu perigo de contágio" para as pessoas que tiveram contato com Bolsonaro nos últimos dias.
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Bolsonaro foi criticando por participar de uma manifestação em Brasília no último domingo, onde cumprimentou diversos apoiadores. Dias antes, o próprio presidente havia recomendado que o protesto fosse adiado como forma de precaução contra o coronavírus.
"O recente exame atesta o resultado negativo anterior, realizado na última quinta-feira (12/03), comprovando que inexistiu perigo de contágio para aqueles que tiveram contato com o Presidente da República nos últimos dias", diz a nota.
Bolsonaro realizou o primeiro exame para o coronavírus na última quinta-feira, após o Secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, ser diagnosticado com a doença. O resultado, negativo, foi divulgado na sexta-feira.
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A nota divulgada nesta quarta-feiea também afirma que "o governo federal reitera seu compromisso com a saúde da população e registra sua preocupação com a situação decorrente do Covid-19, razão pela qual vem divulgando, diariamente, amplas medidas de combate à pandemia, sem recair, contudo, em alarmismos".
Bolsonaro tem criticado o que classificou de "histeria" em torno do vírus e mostrou-se preocupado com os impactos na economia.
Até o momento, 16 pessoas que tiveram contato com Bolsonaro em sua viagem recente aos Estados Unidos foram diagnosticadas com o novo coronavírus.
Além de Wajngarten, os outros são o secretário-adjunto de Comunicação, Samy Liberman; o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), a advogada Karina Kufa, o publicitário Sérgio Lima, o diplomata Nestor Forster, o prefeito de Miami, Francis Suarez; o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo; o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade; o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe; o chefe do cerimonial do Itamaraty, Alan Coelho de Séllos e quatro integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), cujos nomes não foram revelados.
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