Após a morte do ex-ministro Gustavo Bebianno, o empresário Paulo Marinho assumirá a pré-candidatura do PSDB à prefeitura do Rio. A informação foi revelada nesta segunda-feira no blog do colunista Lauro Jardim, do GLOBO. Apoiado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Marinho também é o presidente estadual da sigla e está encarregado de montar a nominata de vereadores na capital fluminense — que, segundo integrantes do PSDB, ainda não está fechada, a cerca de duas semanas do fim do prazo de filiações.
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Marinho é suplente do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e cedeu sua casa na Zona Sul do Rio, na última eleição, para funcionar como QG da campanha de Jair Bolsonaro. O empresário, no entanto, rompeu com o clã presidencial no início de 2019, após a exoneração de Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência. Depois de um convite de Doria, com quem tem amizade antiga — ele chegou a articular um encontro do governador de São de Paulo com Bolsonaro na campanha de 2018, sem sucesso —, Marinho assumiu a presidência do PSDB no Rio em junho.
Antes que Bebianno fosse apontado, no início deste mês, como pré-candidato à prefeitura, Marinho defendeu repetidas vezes que o PSDB poderia abrir mão de uma candidatura própria para apoiar um nome que fosse considerado mais competitivo nas urnas.
Convergência com o DEM
Antes do anúncio de Bebianno como candidato, o PSDB chegou a lançar a ex-secretária municipal de Cultura Mariana Ribas, apoiada por Marinho e Doria. O lançamento teve as presenças de Eduardo Paes, pré-candidato do DEM, e do também pré-candidato a prefeito Marcelo Calero (Cidadania), outro nome que esteve no radar do PSDB. Mariana Ribas, no entanto, deixou a candidatura alegando que priorizaria outros projetos, liberando a vaga para Bebianno.
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"No domingo, Doria me ligou junto com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e disse que precisávamos definir o futuro do partido. Obviamente não estava nos meus planos ser candidato, mas não havia alternativa. Agora estou me preparando para isso. Também pretendo conversar com outras forças do município para saber o que pode ser feito em termos de composição", disse Marinho.
Setores do PSDB fluminense dizem ver com naturalidade uma convergência do partido no Rio com o DEM, que faz parte da gestão de Doria em São Paulo com o vice-governador Rodrigo Garcia.
Na segunda-feira, em evento com público restrito devido a precauções com o coronavírus, o PSC oficializou a pré-candidatura da ex-juíza Glória Heloíza Lima Silva. A cerimônia de filiação de Glória Heloíza, que deixou a magistratura no início de março, foi conduzida pelo presidente nacional do partido, pastor Everaldo Pereira.
Na cerimônia, Everaldo definiu Glória Heloíza como “colega de toga” do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), que foi magistrado federal. Embora aguardado, o governador não compareceu à cerimônia. Witzel passou o dia reunido com secretários e prefeitos para debater o decreto de situação de emergência no estado devido ao avanço do Covid-19. Foi seu terceiro decreto desde que a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) declarou estado de pandemia por conta do coronavírus , na última quarta-feira. Segundo Everaldo, o próprio Witzel teria apresentado oficialmente o nome de Glória Heloíza ao partido na quinta.
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Witzel aguarda
Witzel já elogiou a então juíza em entrevistas no ano passado, mas não se manifestou publicamente em apoio à pré-candidatura após Glória Heloíza deixar a magistratura de olho na eleição para a prefeitura. No carnaval, Witzel chegou a reconhecer outro candidato do PSC , o economista Paulo Rabello de Castro, cujo nome foi ignorado por Everaldo. Aliados de Witzel defendem composição com outras siglas, como o DEM e o PSDB .
"Tenho orgulho de ter a mesma origem do governador Wilson Witzel . Os resultados de seu governo me demonstram que, apesar das dificuldades e da longa caminhada, a conquista é possível", discursou a ex-juíza.