Governador criticou fala do presidente sobre fraude nas eleições de 2018
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Governador criticou fala do presidente sobre fraude nas eleições de 2018

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) disse que se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem provas de que houve fraude nas eleições de 2018, ele deve se submeter a novo pleito.

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"Se Bolsonaro acredita que ela foi fraudada, que se submeta a nova eleição ou obedeça as regras. As regras estão claras", afirmou Doria em entrevista concedida em Brasília, onde esteve para se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A declaração de Doria foi uma resposta à acusação feita por Bolsonaro durante entrevista concedida nos Estados Unidos na segunda-feira, quando ele afirmou que tinha provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas. Sem apresentar nenhuma evidência, Bolsonaro afirmou que ele teria sido eleito em primeiro turno, mas que uma fraude teria levado as eleições para o segundo turno.

"Pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu fui eleito no primeiro turno mas, no meu entender, teve fraude", afirmou Bolsonaro .

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Nesta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) divulgou uma nota em que rebateu as acusações feitas por Bolsonaro e reiterou sua confiança no sistema de votação eletrônica do país.

Doria, que no segundo turno das eleições presidenciais de 2018 apoiou a candidatura de Bolsonaro, criticou duramente a conduta do presidente nesta terça-feira. Segundo ele, Bolsonaro não deveria usar seu cargo para convocar manifestações contra o Congresso Nacional.

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"Se você tem dúvidas em relação a um ou outro congressista, se há algum que não pratica a boa política, não se pode generalizar e muito menos incentivar, insuflar manifestações contra o Congresso Nacional [...] Isso não é a forma correta de fazer democracia", disse o governador de São Paulo.

Segundo Doria , o momento delicado do país pede “diálogo” e não que o presidente governe pelo WhatsApp: "entendo, agora é hora do entendimento, de paz, de sentar à mesa e fazer diálogo construtivo. Não é hora de fazer reptos (provocações), fazer ataques, estigmatizar e nem governar o país via WhatsApp".

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