Mais de 80 organizações nacionais e estrangeiras se reuniram em um ato contra a presidência de Jair Bolsonaro. O grupo, formado por entidades como a Ordem Nacional dos Advogados do Brasil, Amazon Watch, Artigo 19, Conselho Indigenista Missionário e Instituto Ethos, está unido e pede que a comunidade internacional pressionem o governo brasileiro diante dos desmontes políticos das pautas de direitos humanos.
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As entidades afirmaram que o Brasil vive "graves ataques que corroem o estado de direito e a democracia do país". O chamado, considerado como urgente pelas instituições participantes, pretende desenvolver ações incisivas frente ao direcionamento dessas políticas no governo Bolsonaro .
"A situação de direitos humanos no Brasil deteriorou drasticamente no primeiro ano do governo Bolsonaro. Consolidou-se a aversão ao ativismo, com a extinção e enfraquecimento de mais de 50 órgãos de participação social fechando ainda mais o espaço da sociedade civil", declarou o grupo em um texto lido pelo jurista Paulo Lugon Arantes durante a denúncia apresentada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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Um dos pontos citados pelo grupo é o fato do governo Bolsonaro negar as "atrocidades cometidas durante a ditadura de 1964 ", disse Arantes. A paralisação das demarcações de terras indígenas, quilombolas e tradicionais, assim como o discurso de ódio empregado pelo alto escalão governamental também estão entre as críticas feitas durante o evento da ONU.