O ministro da Cidadania, Osmar Terra
, afirmou no início da tarde desta quarta-feira (12) que não tratou de substituição no ministério com o presidente Jair Bolsonaro
. Horas antes de um evento da pasta, o ministro participou de um almoço com o presidente, previsto na agenda oficial desde ontem. Questionado se continuaria no cargo, Terra desviou do assunto e afirmou que a decisão é de Bolsonaro. "Eu sou cargo de confiança. O presidente é quem decide", disse o ministro.
Pouco antes da declaração de Osmar Terra, Bolsonaro convidou o general Walter Souza Braga Netto para assumir a pasta da Casa Civil , que atualmente está sob o comando de Onyx Lorenzoni, que passou por um processo de enfraquecimento no cargo desde o ano passado.
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"Nem tocamos neste assunto. Eu estou sabendo pela imprensa. Almocei com o presidente e com vários atletas, personalidades. Tiramos fotos e ele gravou um vídeo para o nosso evento aqui. Não se tocou nesse assunto", afirmou o ministro sobre a confirmação da saída de Onyx e a possibilidade de que ele o substitua.
A reorganização ministerial estudada no Planalto é a demissão de Terra da pasta da Cidadania, que seria assumida por Onyx. Trata-se de uma solução para a manutenção de Onyx no time da Esplanada, que apesar de ter pedido poder na titularidade da Casa Civil, ainda tem a consideração de Bolsonaro por sua lealdade.
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Também balançando no cargo, Terra teve atritos com equipe econômica por causa das mudanças no Bolsa Família e com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Dentro do governo, há quem diga que Osmar Terra tentou enfraquecer Mandetta para assumir a pasta da Saúde.