O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi na manhã deste sábado (01) ao Palácio da Alvorada para conversar com o presidente Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu dias após a eclosão da crise que se instalou no ministério com as duas exonerações do ex-secretário-executivo da pasta Vicente Santini - por conta do uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar até a Índia - e a retirada do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), transferido para o guarda-chuva de Paulo Guedes no Ministério da Economia.

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Ministro da Casa Civil
Valter Campanato/ABr
Ministro da Casa Civil

Ao fim da reunião na residência oficial do presidente, Bolsonaro  levou  Onyx até o carro e, em despedida, os dois trocaram um abraço. "Hoje, nós já conversamos sobre a rotina normal. Fica tudo igual, não mudou nada", declarou o ministro a jornalistas, na saída do Alvorada.

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Ele disse ainda que não conversou com o presidente sobre sua possível demissão ou realocação para outra pasta, e sim sobre as tarefas do ministro da Casa Civil a partir do seu retorno das férias, abreviadas por conta da crise. Sobre os episódios, ele classificou como "página virada".

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"Nós conversamos sobre isso, mas isso é página virada. Ponto final. Conversamos hoje sobre isso e é página virada, está resolvido" respondeu, sendo instado a dar sua avaliação pessoal sobre o caso. "O presidente tomou as suas decisões. Eu volto a reafirmar: Bolsonaro é o meu líder. A decisão que ele toma é a decisão que tem que ser acatada".

Sobre o esvaziamento da Casa Civil, que perdeu o PPI, o ministro disse que, quando o programa de governo foi feito, em julho de 2018, coordenado por ele e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, o programa já estava na Economia. E lembrou que a estrutura já esteve antes na Secretaria de Governo, minimizando.

"Isso faz parte de decisões de governo e a gente acata. As responsabilidades que a Casa Civil têm, de centro do governo, de coordenação dos ministérios, e agora que nós criamos, mais recente, a secretaria específica para cuidar da acessão à OCDE, isso é extremamente importante e relevante", comentou.

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Onyx relatou também que teve uma "reunião de trabalho" com o presidente, que lhe deu uma série de determinações. "As coisas são continuar o seu rumo normal. Falamos muito já e revistamos a apresentação da mensagem presidencial (ao Congresso). Eu vou levar na segunda-feira às 15h, porque ele (Bolsonaro) vai estar em São Paulo, então eu estou com a incumbência acrescentando que o presidente lhe pediu para fazer algumas correções no texto", disse.

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