Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), divulgaram nesta sexta-feira (17) mensagens pedindo a saída do secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, do cargo. As críticas reforçaram a decisão do presidente Bolsonaro em distituiu Alvim do cargo.
As manifestações dos parlamentares ocorrem após Alvim
divulgar um vídeo na madrugada desta sexta-feira que remete a trechos de um discurso do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels.
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Pressão para distituir cargo
Em suas redes sociais, Maia afirmou que o governo deveria afastá-lo do cargo momentos antes de Bolsonaro se posicionar sobre a demissão. “O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo.”
Por meio de nota, Davi Alcolumbre , que também é presidente do Congresso Nacional, disse estar no interior do Amapá, participando da retomada do programa Luz para Todos, e que recebeu a notícia do discurso do secretário, o qual classificou como "acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista".
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"Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo. É totalmente inadmissível , nos tempos atuais, termos representantes com esse tipo de pensamento. E, pior ainda: que se valha do cargo que eventualmente ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e, absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação e Propaganda de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade", criticou o senador.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli , também se posicionou sobre o assunto. “Há de se repudiar com toda a veemência a inaceitável agressão que representa a postagem feita pelo secretário de Cultura. É uma ofensa ao povo brasileiro, em especial à comunidade e judaica.”
No vídeo, Alvim falou sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes, e sobre o que seria o ideal artístico para a pasta. Como música de fundo, o secretário escolheu uma ópera de Wagner, compositor preferido do líder nazista, Adolph Hitler .
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"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", disse Alvim.
Em um pronunciamento, Goebbels havia dito que "a arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".