Otávio do Rêgo Barros disse que frases não podem ser ligadas ao presidente Bolsonaro
Alan Santos/PR - 22.7.19
Otávio do Rêgo Barros disse que frases não podem ser ligadas ao presidente Bolsonaro

O porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo Barros disse, no final da tarde desta terça-feira (26), que comentários sobre o AI-5 feitos por pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro devem ser considerados sob o "aspecto pessoal." Segundo ele, Bolsonaro vê a medida da ditadura militar, que fechou o Congresso , cassou direitos políticos, instituiu a censura e suspendeu o habeas corpus, como um "evento histórico".

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A resposta foi dada por Rêgo Barros ao ser questionado sobre como o presidente vê declarações de pessoas próximas a eles sobre um eventualidade de uma medida como AI-5 como uma resposta a possíveis protestos.

"O presidente vê o AI-5 como um evento histórico. E a partir daí os comentários que possam vicejar no entorno do presidente ou mesmo afastados do presidente devem ser considerados no aspecto pessoal", disse, afirmando que Bolsonaro não comentou sobre "avaliações a respeito de AI-5 agora, ontem ou no futuro".

Em entrevista nos Estados Unidos na segunda-feira, o ministro Paulo Guedes fez alusão ao chamado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 9, para que a população seguisse o exemplo do Chile e da Bolívia, de “lutar, resistir”. E disse que as pessoas não deveriam se assustar se “alguém pedir o AI-5”.

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Antes dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, já havia mencionado a possibilidade de um "novo AI-5" como uma saída para a radicalização da esquerda. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno , ao comentar a declaração de Eduardo, chegou a falar que "é preciso estudar como fazer." O deputado se retratou, e Heleno negou qualquer possibilidade de um novo AI-5.

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Questionado especificamente sobre o comentário de Guedes, o porta-voz disse que o presidente não fez nenhum comentário e destacou que a declaração foi feita durante coletiva de imprensa.

"Portanto, essa é um questão de caráter pessoal que deve ser dirigida ao próprio ministro. No entanto, como ele já se posicionou logo após o evento da entrevista para nós é assunto considerado comentado", disse.

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