A Comissão Executiva do PSL decidiu não expulsar nenhum dos deputados com processos disciplinares abertos pelo Conselho de Ética da sigla, depois da crise aberta pelo rompimento entre a cúpula do partido e o presidente Jair Bolsonaro. Em reunião na manhã desta quarta-feira (27), o colegiado optou por recomendar advertências e suspensões a 16 parlamentares. A decisão ainda precisa ser validada pelo Diretório Nacional do partido, que se reúne na próxima segunda-feira.
Leia também: Janaina Paschoal bate boca com líder do PSL na Alesp: 'Pau mandado do PT'
No caso de 12 deputados do PSL
, a recomendação foi pela suspensão de atividades parlamentares. Isso significa que, se o diretório validar, eles devem perder a indicação para integrar comissões da Câmara, para relatar projetos, entre outros. Já outros quatro deputados devem receber uma advertência por escrito. Para Guiga Peixoto (SP) e Luiz Ovando (MS), a recomendação foi pelo arquivamento de seus casos.
O segundo vice-presidente da sigla, o deputado federal Júnior Bozella (SP) afirmou que as punições variam de deputado para deputado. "As suspensões são diferentes para cada caso. Teve deputado com três meses [de suspensão], com seis meses", disse o paulista, que não citou nominalmente nenhum dos suspensos.
Leia também: Deputado cita exclusão de grupo de Whatsapp para recorrer à Justiça contra o PSL
No caso de Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente, por exemplo, a recomendação foi pela suspensão por 12 meses. Já os deputados Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR) e Luiz Philippe (SP) tiveram recomendação para suspensão de seis meses.
"Ou seja, são sujos o suficiente para tentar calar uma deputada que não cometeu crime algum, mas não são corajosos o suficiente para me expulsar?", reagiu Zambelli, considerada da ala bolsonarista do PSL .