Bolsonaro ao lado do filho homem mais novo, Jair Renan Bolsonaro, que irá assumir vaga no partido Aliança pelo Brasil.
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Bolsonaro ao lado do filho homem mais novo, Jair Renan Bolsonaro, que irá assumir vaga no partido Aliança pelo Brasil.

O partido em criação Aliança pelo Brasil será comandado pelo presidente Jair Bolsonaro e terá o senador Flávio Bolsonaro , seu primogênito, como vice-presidente. A executiva foi anunciada em evento na manhã desta quinta-feira, em um hotel de luxo de Brasília. Completam a cúpula da legenda o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, que será o primeiro-secretário, e a advogada Karina Kufa, para a tesouraria.

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A comissão provisória de trabalho do partido é integrada por outras 11 pessoas, entre eles o filho homem mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro , e dois assessores do seu gabinete no Palácio do Planalto, Sérgio Rocha Cordeiro e Tércio Arnaud. Assessor do deputado Eduardo Bolsonaro, Carlos Eduardo Guimarães também está no grupo.

Primeiro a chegar ao evento de lançamento do partido Flávio Bolsonaro afirmou que até o final do ano a equipe já terá as 492 mil assinaturas necessárias para a homologação da legenda.

"Vai dar tempo (para disputar as eleições). Se Deus quiser, ainda este ano a gente consegue essas assinaturas", disse o senador, filho do presidente Jair Bolsonaro . Ele disse estar confiante que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitará que as assinaturas sejam digitais.

"Não tem sentido (ter assinatura física), a gente tem cadastramento biométrico de 75% dos eleitores brasileiros. Temos a convicção que o TSE vai colher as assinaturas por biometria que vai facilitar o trabalho de todo mundo. Imagina mobilizar funcionários de todos os cartórios do Brasil se a gente já tem a biometria", defendeu.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o partido não deve disputar as próximas eleições caso não sejam aceitas as assinaturas de forma eletrônica.

Aborto como 'traição social'

Lido na convenção nacional do  Aliança pelo Brasil, o programa do partido que Bolsonaro tenta criar define a legenda como "soberanista", que refuta as "falsas promessas do globalismo", e trata o aborto como "uma traição social". A justificativa é que todos que defendem a interrupção da gestão já nasceram. O evento ocorreu em um hotel de luxo em Brasília, nas proximidades do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira.

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"Em 2018, o povo deu o norte da nova representação política que buscou ao sair às ruas, baseada na verdade, na sinceridade e na conservação dos valores fundamentais da alma brasileira", leu a advogada Karina Kufa, uma das idealizadoras do partido.

"Agora, em 2019, um novo passo precisa ser dado: o da criação de um partido político que dê voz ao povo brasileiro, que garanta a ele efetiva representatividade e que esteja em consonância com os anseios populares; um partido político conservador, comprometido com a liberdade e com a ordem, e que possa servir ao povo brasileiro como um instrumento seguro para a repercussão de sua voz, para a sua plena representação e para a realização de sua vocação, em harmonia com as tradições históricas, morais e culturais da nação brasileira; um partido político soberanista , comprometido com a auto-determinação, e não com os objetivos e com as falsas promessas do globalismo", acrescentou.

O programa da legenda repudia o aborto " sob todas as suas formas" destacando que é uma " cultura da morte". "O assassinato deliberado de uma criança inocente e indefesa é a inversão absoluta da ordem, pois o valor da vida é relativizado e os mais frágeis se tornam os mais violentados, ao invés dos mais protegidos", diz o texto.

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