O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na noite desta quinta-feira, que número escolhido para representar o partido que está sendo criado por ele, o Aliança pelo Brasil, será o 38. A decisão é uma referência ao revólver calibre 38 e ao discurso de que todos tenham o direito de portar arma para se defender.
"O número escolhido é o 38. Acho que é um bom número, né? Não tinha muitas opções. O número 38 é um número mais fácil de gravar", disse Bolsonaro, em transmissão ao vivo na internet, sem explicar a referência ao calibre do revólver.
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O programa do partido apresentado nesta manhã, em evento em um hotel em Brasília, diz que "se compromete a lutar incansavelmente até que todos os brasileiros possam ter plenamente garantido seu direito inalienável de possuir e portar armas, para sua defesa e a dos seus, bem como de sua propriedade e de sua liberdade."
Parte do grupo envolvido na criação da legenda defendia que o número 80 representasse o Aliança . Pela manhã durante o lançamento da legenda, em conversa observada pelo Globo, o presidente Bolsonaro sinalizou que ainda não havia tomado a decisão a respeito, mas que tendia a escolher o 80.
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Após a solenidade dentro do auditório no Hotel Royal Tulip, Bolsonaro subiu em um palanque montado na área externa para discursar a apoiadores. O locutor no local perguntou qual seria o número do partido.
"Está entre 38 e 80, mas está mais para o 80", respondeu Bolsonaro ao ouvido do homem. O trecho da conversa foi flagrado porque o microfone do locutor estava ligado e permitir a audição. Durante a transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que o Aliança é um partido que está sendo criado para atender os desejos da "grande mairoia da população".
"O primeiro passo para fundar este partido foi dado hoje nos moldes que grande maioria da população sempre desejou. Um partido conservador, um partido que defende a legítima defesa. é favorável ao porte de arma de fogo, a posse também, mas não é para todo mundo, deixo bem claro. Tem alguns pré-requisitos", destacou.
Assim como havia feito pelo manhã, ele mais uma vez admitiu que o partido pode não ser criado para participar das eleições 2020 caso o Tribunal Superior Eleitoral não aceitar a coleta de assinatura digital. A decisão do TSE está prevista para a próxima semana.
"Se for (assinatura) eletrônica eu tenho certeza que com o apoio de vocês em um mês, no máximo, a gente consegue as 500 mil assinaturas. Caso não seja possível, a gente vai colher assinatura física e aí demora mais e não vai ficar pronto o partido tão rápido, um ano, um ano e meio", disse Bolsonaro.