Jair Bolsonaro já sabia que tinha sido citado pelo porteiro do seu condomínio na investigação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. É o que revela o jornalista Ricardo Noblat em sua coluna publicada na Veja nesta terça-feira (12). De acordo com o colunista, o presidente chegou a comentar dez dias antes da reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, de que a emissora ligaria seu nome ao caso.
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Segundo Noblat, durante viagem ao Japão, Bolsonaro conversou com alguns parlamentares e informou que a Globo soltaria em primeira mão o depoimento do porteiro de seu condomínio afirmando que o assassino da ex-filiada ao PSOL teria pedido para ir na casa do então deputado federal e não à do miliciano Ronnie Lessa, também envolvido no assassinato e que reside no mesmo condomínio na Barra da Tijuca.
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No dia seguinte à reportagem do Jornal Nacional , Jair Bolsonaro gravou uma live no Facebook com duras críticas à emissora.
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Em entrevista ao site O Antagonista , Bolsonaro afirmou que ão poderia se antecipar à Globo porque o poderiam acusar de ter quebrado um segredo de justiça.
"Até porque eu seria acusado de quê? De ter tido acesso ao processo, de antecipadamente falar que foi algo combinado para chegar na TV Globo. Não podia fazer isso", disse Bolsonaro .