Após renúncia na Bolívia, Bolsonaro defende voto impresso; Lula fala em golpe Por iG Último Segundo | 10/11/2019 19:50:59 - Atualizada às 10/11/2019 19:56:59 Home iG › Último Segundo › Política Crise no país começou no dia 20 de outubro, quando o presidente foi reeleito com acusações de fraude durante a apuração das urnas Foto: José Dias/PR Bolsonaro defende voto como instrumento contra fraudes O presidente Jair Bolsonaro defendeu neste domingo (10) a aplicação do voto impresso no Brasil após Evo Morales renunciar à presidência da Bolívia em meio a acusações de fraude no processo eleitoral. Em uma publicação nas redes sociais, o uso de cédulas daria "a certeza que fatos como o da Bolívia não acontecerão no Brasil". "A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, de contagem de votos que possam ser auditados", disse. Evo Morales renunciou após as Forças Armadas pedirem que ele deixasse o cargo e ele mesmo ter convocado novas eleições . "Me dói muito que nos tenham levado ao enfrentamento. Enviei minha renúncia para a Assembleia Legislativa Plurinacional", afirmou em pronunciamento na televisão. O vice-presidente Álvaro García Linera , que estava ao lado de Morales, também renunciou. "Quero pedir desculpas por ter sido exigente durante o trabalho. Não foi para Evo, foi para o povo boliviano". "Aqui não termina a vida, segue a luta", disse Morales ao encerrar sua fala. Leia também: Na mão grande: entenda o método Evo Morales de se perpetuar no poder Além deles, também renunciaram o presidente da Câmara, Victor Borda, e a presidente do Senado boliviano, Adriana Salvatierra. Nessa situação, o próximo na linha sucessória para assumir a presidência é Petronio Flores, presidente do Tribunal Constitucional, entidade equivalente ao Supremo Tribunal Federal na Bolívia. O ex-presidente Lula também se manifestou sobre a renúncia de Morales. No Twitter, o petista disse que "é lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres". Acabo de saber que houve um golpe de estado na Bolívia e que o companheiro @evoespueblo foi obrigado a renunciar. É lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres. — Lula (@LulaOficial) November 10, 2019 Desde que Morales foi reeleito, em 20 de outubro, o processo eleitoral tem sido questionado pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele venceu as eleições com 47,07% do total de votos, enquanto seu rival Carlos Mesa ficou com 36,51%. Na Bolívia, um candidato só vence quando soma mais de 50% dos votos ou quanto tem menos, mas fica com vantagem de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Por conta dessa vantagem ter sido pequena e de resultados contraditórios terem sido divulgados, a OEA chegou a duvidar do resultado e pediu uma auditoria das urnas. Essa adutoria só seria finalizada em 13 de novembro, mas foi adiantada "por conta da gravidade das denúncias", disse o secretário-geral da OEA, Luis Almagro. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019-11-10/apos-renuncia-de-evo-na-bolivia-bolsonaro-defende-voto-impresso.html