Evo Morales anuncia novas eleições na Bolívia após relatório da OEA e forte pressão popular nas ruas do país
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Evo Morales anuncia novas eleições na Bolívia após relatório da OEA e forte pressão popular nas ruas do país



Após uma série de protestos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anuncia que vai renovar os membros do Tribunal Superior Eleitoral e convocar novas eleições no país para amenizar a onda de protestos pelo país. O anúncio veio logo após a OEA (Organização dos Estados Americanos) ter constatado irregularidades nas eleições de 20 de outubro.

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Conforme o relatório preliminar publicado pela OEA, houve falhas de segurança na parte de informática das eleições e que há alteracões e assinaturas falsificadas em atas, o que afeta gravemente a integridade da contagem dos votos. Com isso, embora seja possível que o canditato Evo Morales tenha ficado em primeiro lugar é improvável que tenha conseguido ser eleito no primeiro turno.

No resultado das eleições de 20 de outubro, Morales ficou em  47,07% do total de votos, ante 36,51% do rival Carlos Mesa. Por causa da diferença de mais de 10 pontos perceituais a mais, o atual presidente acabou sendo reeleito no primeiro turno. Apesar disso, com as novas eleições, a agora isso poderá mudar.

Policiais chegaram a abandonar o governo

Policiais deixaram postos para ficar
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Policiais deixaram postos para ficar "ao lado do povo"

 Policiais encarregados da segurança do palácio presidencial da Bolívia abandonaram o governo de Evo Morales neste sábado (9) e disseram que não vão mais reprimir manifestantes que pedem a renúncia do presidente do cargo. Ao todo, foram três unidades que se rebelaram: de Cochabamba (centro), Sucre (sudeste) e Santa Cruz (leste do pais).

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A revolta teve início em Cochabamba, quando um policial com o rosto coberto anunciou, no Quartel-General da Unidade Tática de Operações (Utop) que eles estavam "amotinados". "Vamos estar com o povo, não com os generais", afirmou outro oficial.

 O recente processo eleitoral que reelegeu Evo Morales foi cercado de polêmicas. O sistema de contagem rápida de votos do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia antecipou um segundo turno entre Morales e Mesa na noite das eleições, no dia 20 de outubro.

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No entanto, após a temporária suspensão das apurações, que suscitou suspeitas e reclamações, o TSE anunciou uma mudança de tendência e finalmente declarou a vitória de Evo Morales no primeiro turno com 47,08% dos votos, contra 36,51% de Mesa. A lei boliviana atribui a vitória no primeiro turno com mais de 50% dos votos ou com 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo.

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