Homens foram presos durante Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal
Daniel Marenco / Agência O Globo
Homens foram presos durante Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do DF, decretou a prisão preventiva (sem prazo determninado) dos dois novos alvos da Operação Spoofing, Thiago Eliezer e Luiz Henrique Molição, suspeitos de atuar em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto na invasão do Telegram de autoridades públicas, incluindo do ministro da Justiça Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato.

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A Polícia Federal havia prendido temporariamente Thiago Eliezer e Luiz Henrique Molição na segunda fase da Operação Spoofing , deflagrada no último dia 19. Com o fim do prazo das prisões temporárias na sexta-feira, o delegado da PF Luís Flávio Zampronha, responsável pelo caso, solicitou a conversão para prisão preventiva, sob o argumento de que os aparelhos eletrônicos apreendidos ainda estão sendo periciados e que, soltos, eles poderiam colocar em risco as investigações.

Eliezer é suspeito de ter sido o "mentor" do hacker Delgatti nas invasões do Telegram das autoridades e de ter ensinado a ele técnicas para essas invasões. A PF também encontrou movimentações financeiras suspeitas de pessoas ligadas a ele e apura se Eliezer é o braço financeiro do grupo. As investigações ainda buscam descobrir se eles receberam pagamentos pelas invasões. Procurada, a defesa de Thiago Eliezer não comentou.

Já Molição foi preso após a PF ter encontrado um áudio em que ele conversava com o jornalista Glenn Greenwald , do site " The Intercept Brasil ", sobre a divulgação do conteúdo do Telegram das autoridades. A PF investiga se Molição também praticou crimes em conjunto com Delgatti.

A defesa de Molição havia solicitado ao juiz Ricardo Leite a revogação da prisão. O advogado Alamiro Velludo Salvador Netto argumentou à Justiça que Molição já prestou esclarecimentos à PF e que não há nenhum risco de destruir provas porque seus aparelhos eletrônicos já foram apreendidos. Em seu depoimento, Molição negou ter atuado nas invasões do Telegram das autoridades e afirmou à PF que Delgatti só lhe informou das invasões depois de tê-las realizado. 

Procurado, o advogado Alamiro Velludo Salvador Neto afirmou que "seu cliente é totalmente inocente, não havendo qualquer motivo ou fundamento para a manutenção de sua prisão cautelar". Disse ainda que vai recorrer contra a nova decisão de prisão preventiva.

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Além deles dois, os quatro alvos da primeira fase da Spoofing, deflagrada em 23 de julho, ainda permanecem presos. Delgatti é o principal personagem, por ter sido o autor das invasões ao Telegram. Os outros três, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Oliveira e Danilo Marques seguem detidos por terem ligações com Delgatti e serem suspeitos de atuar com ele em fraudes bancárias, mas não foram encontradas provas diretas da atuação deles na invasão do Telegram das autoridades.

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