O deputado federal  Luiz Philippe de Orleans e Bragança deixou o diretório estadual do PSL  em São Paulo, na última quinta-feira, após embate com o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.

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A decisão se dá na esteira do desgaste provocado com a criação do órgão municipal, aprovado nesta semana pelo PSL paulista, presidido por Eduardo Bolsonaro. 

Ligado à "ala ideológica" do partido, o herdeiro da família real foi responsável por indicar o nome de Edson Salomão, chefe de gabinete de Douglas Garcia (PSL) e fundador do Movimento Conservador, à presidência do diretório municipal. Ele ocupava o cargo de primeiro secretário do diretório. A atitude contrariou a ala ligada a Bivar.

— Eu voluntariamente me removi do diretório hoje. Tenho outras prioridades. Não posso ficar nessa disputa partidária que não leva absolutamente a nada. São vários egos e ambições — declarou Luiz Philippe .

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O deputado negou que tenha ambições eleitorais para 2020. Mas há quem afirme dentro do partido que o plano é medir forças com Joice Hasselmann, que já se colocou como a pré-candidata da sigla para a disputa, e ser o candidato do PSL à sucessão de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo.

Luiz Philippe deixa o diretório após uma "briga feia" com Bivar , segundo interlocutores. O presidente teria ficado irritado com a interferência do correligionário na indicação de Salomão ao comando do PSL da capital paulista , sem o aval da executiva nacional.

Além disso, teria chamado de "idiota" e "estúpida" a iniciativa de Luiz Philippe de arrecadar assinaturas dos colegas para pressionar por uma mudança no estatuto do partido.

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Integrantes da " ala ideológica " cobram por dispositivos que possam garantir votações internas para escolhas de candidatos nas eleições. A mudança permitiria, por exemplo, contestar o lançamento antecipado de Joice ao posto. Alguns pedem também a saída de Bivar do comando do PSL, função que exerce há 21 anos, desde a criação da sigla.

A deputada federal Carla Zambelli é a favor da medida. Ela apoia o nome de Luiz Philippe para a Prefeitura de São Paulo , mas afirma que concordaria com qualquer nome que fosse escolhido numa eventual seleção interna. Zambelli pertence a um grupo rival ao de Joice Hasselmann dentro do partido, com quem trava discussões públicas.

Joice Hasselmann já disse ter o apoio de Luciano Bivar para concorrer à Prefeitura. A seu lado também estão o senador Major Olímpio, que tem se afastado da família Bolsonaro, e Júnior Bozzella. A deputada perdeu um aliado de peso com a saída de Alexandre Frota, hoje filiado ao PSDB.

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Na última quarta-feira, Joice reagiu à manobra do diretório paulista para tentar barrá-la de concorrer ao pleito em 2020. Ela disse que se o PSL for injusto com ela, "outros partidos não perderão a chance" de lhe conceder a legenda para a disputa. 

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