Pressionado por senadores, o governo estuda um novo projeto de liberação de crédito no Orçamento . O valor deve ser usado para pagar emendas e verbas extraorçamentárias a senadores para garantir apoio ao governo em votações importantes que devem acontecer na próxima semana.
Na pauta do Congresso Nacional , há um projeto apresentado pelo Executivo em agosto que abre um crédito de R$ 3 bilhões no Orçamento. O valor deve ser usado para quitar o compromisso com deputados que votaram a favor da reforma da Previdência.
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Depois disso, porém, seria preciso atender os senadores, que pleiteiam uma liberação de até R$ 5 bilhões. Na Casa, além da Previdência , será votada a indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada do Brasil em Washington, além do nome de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República .
Nos bastidores, senadores se valem dessas duas votações para argumentar que precisam de uma liberação maior que a Câmara . Vice-líder de governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou haver um acordo para o governo enviar um novo pedido de liberação de crédito suplementar (PLN) para pagar emendas parlamentares de senadores.
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"O (PLN) do Senado não veio ainda. Está em elaboração, falta vir. Mas há um combinado para o governo mandar", disse, sem responder qual seria o valor.
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A reunião da Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ) que iria votar a reforma da Previdência nesta terça-feira foi adiada para a semana que vem. Alcolumbre convocou uma sessão do Congresso para a tarde de hoje que deve derrubar parte dos vetos à Lei de Abuso de Autoridade.
Parlamentares interpretam a convocação da sessão como um recado para o governo. Além da questão das emendas, é um gesto para demonstrar a insatisfação com o mandado de busca e apreensão contra o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), na semana passada.
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Na Câmara dos Deputados, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni , prometeu até R$ 40 milhões para prefeituras indicadas por deputados para quem votasse a favor da reforma. Os municípios foram indicados para receber verbas extraorçamentárias, ou seja, os valores não ficam vinculados aos nomes dos deputados.