O plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira (18) duas reconduções para o Conselho Nacional do Ministério Público ( CNMP ). Os conselheiros Lauro Machado Gomes e Dermeval Farias Gomes, que compunham o colegiado desde 2017, tiveram os nomes derrotados por serem considerados como apoiadores da Lava Jato pela maioria dos senadores.
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Terceiro indicado à recondução no colegiado, Marcelo Weitzel teve seu nome retirado da pauta de votações pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), após a sequência de derrotas. A tendência é que o nome dele também seja derrotado pelo plenário.
Na semana passada, os três conselheiros negaram o afastamento cautelar do procurador Deltan Dallagnol , coordenador da Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba, por suposta atividade político-partidária ao se manifestar contra a eleição do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para a presidência da Casa. O pedido foi indeferido por unanimidade.
Em agosto deste ano, os mesmos três conselheiros votaram contra uma representação feita pela senadora Katia Abreu (PDT-TO) no Conselho Nacional do Ministério Público. Eles votaram para manter o arquivamento de uma reclamação feita por ela contra o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato .
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Reservadamente, senadores avaliam ter “pesado” na avaliação a postura considerada “corporativista” dos conselheiros ao longo do primeiro mandato no CNMP. Lauro estava no plenário durante a votação.