O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol, cogitou se candidatar ao Senado nas eleições de 2018. É o que apontam os novos diálogos de grupos do Telegram divulgados pelo jornalista Reinaldo Azevedo em parceria com o site The Intercept Brasil nesta terça-feira (3).
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Em conversa com outros procuradores, Deltan Dallagnol avaliou que seria necessário a presença de integrantes do MPF por todo o Brasil e, um bom começo para isso, seria alguém conseguir uma cadeira no Senado.
Os diálogos foram divulgados na parte 19 de uma série lançada pelo The Intercept Brasil de conversas entre integrantes da Lava Jato . Desta vez, Dallagnol faz um chat com si mesmo e avalia que teria grandes chances de ser eleito.
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"Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Alvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, escreveu, em 29 de janeiro de 2018.
O senador Alvaro Dias (Pode-PR) é um dos maiorres apoiadores da Lava Jato e, portanto, tem boa relação com a força-tarefa. Candidato a presidente em 2018, afirmou que convidaria Sergio Moro para o Ministério da Justiça, ato repetido por Jair Bolsonaro após ser eleito.
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Em conversa do dia 14 de dezembro de 2016, durante conversa com o também procurador Vladimir Aras, Dallagnol defende que o MPF tenha um candidato ao Senado por Estado:
Vladimir Aras: Você tem de pensar no Senado
Deltan Dallagnol – Obrigado pelo incentivo, mas vejo muitos poréns
Vladimir Aras – Voc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: [Roberto] Requião ou Gleisi [Hoffmann] caem
Dallagnol
– Não resolve o problema. Ajuda se o MPF lançar um candidato por Estado. Seria totalmente diferente e daria trabalho, mas pode ser uma das estratégias para uma saída.
Em diálogo do dia 16 de janeiro de 2018 entre o procurador Diogo Castor Mattos e o empresário Joel Malucelli, acontece um convite que teria vindo do Podemos, de Alvaro Dias. O empresário pergunta se Dallagnol aceitaria concorrer. A resposta, porém, é negativa.