Os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) trocaram farpas nas redes sociais nesta quinta-feira (29), após o Congresso derrubar um veto do presidente Jair Bolsonaro e retomar a pena para quem divulgar fake news em período eleitoral. Eduardo criticou o fato de Kim ter dado destaque ao veto, e ele rebateu e o chamou de "deputado fantasma".
"Derrubado o veto da lei que pune com 2 a 8 anos de prisão quem divulgar fake news. Parabéns dep. Kim Kataguiri @kimpkat (DEM-SP) por ter viabilizado esse instrumento que vai calar exatamente aqueles que não divulgam fake news. A esquerda comemorou no plenário, será por quê?", ironizou Eduardo em sua conta do Twitter.
"A pena para quem divulgar fake news é o dobro da pena para quem comete um homicídio culposo. Além disso, o que é fake news? Sabemos que nossos inimigo não tem caráter e mesmo falando a verdade eles nos processarão dizendo que estamos divulgando fake news", completou.
Kim, por sua vez, rebateu o comentário de Eduardo Bolsonaro e afirmou que o deputado não leu o projeto e que nunca comparece as sessões do plenário da Câmara. "Se era contra, por que não participou do debate? Por que não foi virar votos a favor do veto? Férias pré-embaixada?", questionou.
"Deputados fantasmas, como Eduardo Bolsonaro, que colocam a digital no plenário e vão embora, olham para o painel, seguem a liderança do partido e só sabem o que votaram depois de votar", escreveu o líder do MBL. "Prática de deputado mimado e irresponsável. Papai só vetou parte do projeto, mantendo os 2 a 8".
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"Onde estava @BolsonaroSP na hora de chamar o gov pra votação nom do abuso de aut? Ou no veto do PR contra projeto que limitava poderes do STF? Ou ontem, quando precisávamos do PSL para manter decreto presidencial? Na previdência? Lava Toga? Nadinha. Fritando hambúrguer. Covarde", continuou.
Kim Kataguiri ainda desafiou Eduardo para um debate sobre o projeto e voltou a atacar: "Sei que não vai aceitar porque não leu o projeto, como não lê nem debate nada do que é relevante pautado em plenário. Vergonha", concluiu.
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Derrubado por Bolsonaro em junho, o texto retomado no Congresso na noite de ontem cria o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral (fake news eleitoral), com pena prevista de dois a oito anos de prisão, além de multa. A proposta também prevê que comete o mesmo crime quem, "ciente da inocência do denunciado", divulgar a fake news .