O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse na sua live semanal no Facebook desta quinta-feira (22) que a mudança no Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ), que passou a ser subordinado ao Banco Central, não tem o objetivo de beneficiar a sua família. As investigações contra o seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), senador pelo Rio, tiveram origem a partir de relatório do Coaf. Bolsonaro chamou o caso de "novela do Coaf".
"Falam de tudo (no caso do Coaf): que eu interferi, que quero prejudicar as investiagações. Citam as questões da minha família. Tudo que poderia fazer com a minha família já fizeram: quebraram o sigilo, passaram para frente as informações, passaram para a imprensa e causaram um transtorno enorme para minha família", afirmou Bolsonaro .
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O presidente ainda se queixou de 'perseguição' por parte do Ministério Público nas apurações que envolvem Flávio. "Alguns falam: quem não deve teme. Vocês sabem um pouquinho como alguns setores do Ministério Público agem no Brasil. Querem te atingir de uma maneira ou de outra. Eu não agrado essa parte dessa minoria", disse.
De acordo com Bolsonaro, depois que o Congresso decidiu que o Coaf deveria ser transferido do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia, "outros problemas apareceram".
"Porque quem comandava era o (ministro da Justiça) Sergio Moro , mas estava em outro ministério. E decidimos enviar para o Banco Central. Grande parte da equipe foi mantida", afirmou.
Em outro trecho, Bolsonaro voltou a falar sobre a possibilidade de trocar o diretor-geral da Polícia Federal . "Toda vez que tem um novo governo se troca o diretor-geral. Eu fui eleito para mudar. Se alguma coisa tiver acontecendo de anormal a gente muda".
Bolsonaro ainda disse que recebeu uma ligação do presidente do Chile, Sebastián Piñera, para agradecer pela extradição de Mauricio Hernández Norambuena, que sequestrou o publicitário Washington Olivetto.