A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, do Piauí. O processo tem origem na delação de executivos da JBS. Ele teria recebido recursos para a campanha eleitoral de 2014 via caixa dois.
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"Considerando a necessidade de apuração dos fatos mencionados nos acordos de colaboração premiada, bem como a natureza jurídica de meio de obtenção de prova desses acordos, defiro o pedido de instauração das investigações, com a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República para que, no prazo de 60 (sessenta) dias, solicite as diligências a serem cumpridas pela autoridade policial", escreveu Gilmar na sua decisão.
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Em dezembro de 2018, o também ministro do STF Edson Fachin autorizou a abertura de diversos processos preliminares com base na delação da JBS e determinou que eles tivessem livre distribuição, ou seja, fossem encaminhados para sorteio de novo relator. O de Ciro Nogueira ficou com Gilmar, que agora autorizou a investigação.
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Entre os alvos da delação da JBS que tiveram processos preliminares abertos em dezembro por ordem de Fachin também estão o ministro da Casa Civil, Onys Lorenzoni, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Marcelo Castro (MDB-PI) e Wellington Fagundes (PL-MT), e os deputados Alceu Moreira (MDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Zé Silva (SD-MG).
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"Os colaboradores informam a realização de diversas contribuições realizadas para campanhas políticas via 'caixa dois'. Algumas doações seriam para 'evitar retaliações ou dificuldades para as empresas' e, em outros casos, para 'garantir a boa vontade e facilidade de contatos para futuros pleitos empresariais'", relatou Gilmar na sua decisão.