O PSDB de São Paulo enviou nesta terça-feira (20) ao diretório nacional do partido um pedido para a expulsão do deputado Aécio Neves. A executiva estadual aprovou o documento por unanimidade na noite da última segunda.
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O documento, que deve ser apreciado nesta quarta-feira (21), pede o afastamento imediato de Aécio e o posterior julgamento de sua expulsão definitiva. O processo será agora distribuído a um relator, que iniciará o procedimento para julgar a admissibilidade do pedido.
"A gente pede a celeridade (do julgamento). O prazo total é de três meses, mas achamos que não deve demorar tanto assim", afirmou Marco Vinholi, presidente do diretório estadual paulista. "Ele terá amplo direito à defesa. Nós nos baseamos no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir disso, a Comissão de Ética poderá avaliar essas infrações".
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Aécio Neves tornou-se réu no STF em abril de 2019 sob acusação de corrupção passiva e obstrução de Justiça, mas ainda não foi julgado. Questionado sobre os 16 meses sem punição dentro do partido, Vinholi tergiversou.
"Nós tivemos várias etapas de construção desse modelo que o PSDB está se dispondo. Na última convenção nacional, foi o único partido a aprovar regras claras para todos os seus filiados. Foi um amadurecimento do partido e todas as legendas têm problemas éticos e morais. O que o PSDB está fazendo de diferente é se debruçar sobre esses problemas e passar de forma clara para a sociedade como ele atua sobre isso", declarou.
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Na mesma noite em que formalizou o pedido de expulsão de Aécio , a executiva também arquivou o documento que solicitava o cancelamento da filiação de Alexandre Frota. Assinado por José Anibal, ex-presidente nacional do PSDB, e por Pedro Tobias, ex-presidente paulista da sigla, o pedido se baseava nas recentes ofensas ditas por Frota, em especial, contra Geraldo Alckmin. A executiva declarou não ter atribuição para processar o pedido.