Procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol,
Lucas Tavares / Zimel Press / Agência O Globo
Procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol,

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) reúne-se nesta terça-feira (13) pela primeira vez após o recesso do meio do ano. Na pauta, há mais de 150 itens a serem discutidos, sendo que dois deles envolvem o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

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 A sessão que tratará das representações contra Deltan será comandada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que preside o CNMP. Na segunda-feira, ela assinou uma portaria que prorroga por mais um ano a atuação da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.

Um dos casos contra o procurador foi aberto a pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ele deve deve ser adiado porque o parlamentar fez recentemente um aditamento e apresentou mais documentos ao CNMP. Calheiros acusa Dallagnol de ter feito campanha no Twitter para atacá-lo e, assim, influenciar a eleição de 2018.

Também está na pauta do CNMP um pedido de investigação feito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli . O caso envolve declarações de Deltan numa entrevista à rádio CBN em agosto de 2018. Na época, o procurador da República afirmou que decisões tomadas por Toffoli e pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski passavam a mensagem de leniência com a corrupção.

A lista de processos pode aumentar caso alguns conselheiros solicitem a revisão do arquivamento de uma representação feita em junho, após as primeiras reportagens sobre os diálogos vazados de Deltan no Telegram. Na ocasião, o corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, fez o arquivamento. Mas o clima hoje, após a divulgação de novas mensagens, é outro. A tendência é que o pedido de revisão seja feito, mas ainda é incerto se haverá tempo para julgá-lo.

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A sessão do conselho será comandada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que preside o CNMP. É ela quem chama os processos para julgamento, respeitando prioridades. Deltan tem dito que os processos contra ele miram na verdade a Lava Jato. Quanto às mensagens publicadas, costuma dizer que não reconhece a autenticidade e que elas resultam de crime cibernético.

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