O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Manoel Caetano Ferreira, afirmou na tarde desta quarta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) fez justiça e corrigiu um "equívoco que havia sido cometido pela Justiça do Paraná" ao manter o petista preso em Curitiba.
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"Era uma decisão totalmente injusta, uma decisão ilegal, como reconheceu o Supremo nesta decisão. Ele ( Lula ) recebeu (a decisão) com serenidade. Evidentemente, ele estava indignado. A prisão é injusta", afirmou o advogado em coletiva.
Ferreira disse ainda que o presidente estava "indignado" com a decisão da juíza Carolina Lebbos de transferí-lo para São Paulo.
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"Ele se considera e é considerado um preso político e estava indignado com mais essa injustiça que estava sendo cometida contra ele", afirmou o advogado do ex-presidente Lula.
Na decisão pela transferência, a juíza atendeu pedido da Polícia Federal que havia alegado que a permanência de Lula da superintendência vem causando transtornos não só à instituição como a vizinhança.
A defesa do ex-presidente entrou com um pedido no mesmo processo de habeas corpus que já tramita no STF para que fosse dada liberdade ao líder petista, após a decisão de Carolina. Dirigido ao ministro, Gilmar Mendes, o pedido também pleiteava a permanência de Lula em uma sala de Estado de Maior ou a suspensão da transferência para a penitenciária de Tremembé.
Em liminar, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato , negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Lula , mas concedeu o pedido para que ele não seja transferido. Somente o ministro Marco Aurélio votou contra. O ex-presidente está preso desde abril de 2018, na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense.