O presidente Jair Bolsonaro e a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves , trocaram quatro dos sete integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira. Entre os membros agora substituídos, está a então presidente da comissão, Eugenia Gonzaga.
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A mudança na composição da comissão chega dois dias depois de Bolsonaro contrariar dados de documentos oficiais e atribuir a morte do ex-militante Fernando Santa Cruz a guerrilheiros de esquerda, em ataque ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, filho do estudante preso pela ditadura militar em 1974.
A Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério dos Direitos Humanos havia emitido, na semana passada, um atestado de óbito que contrastava com a versão paralela do presidente para o desaparecimento de Fernando Santa Cruz.
O documento afirma que o estudante "faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985".
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