Presidente disse que não está preocupado com acusações de que teria quebrado regra ao falar sobre a morte de Fernando Santa Cruz na ditadura
O presidente Jair Bolsonaro disse, na manhã desta quarta-feira (31), que não está preocupado com acusações de que cometeu quebra de decoroao falar sobre a morte durante a ditadura militar de Fernando Santa Cruz , pai de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente contrariou documentos oficiais ao negar que o ex-militante tenha sido assassinado pelo regime.
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"Não tem quebra de decoro. Quem age dessa maneira (acusando de quebra de decoro), perde argumento", disse Bolsonaro , que segue para cerimônia de Assinatura do Contrato de Concessão da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis (GO).
Na sequência de sua defesa, ele fez mais críticas à Comissão Nacional da Verdade , instalada no governo Dilma Rousseff para investigar violações aos direitos humanos na ditadura.
"Lamentamos muita coisa, mas não pode valer um lado só da história. E como eu sempre disse, alguém acredita que o PT está preocupado com a verdade? Quando aquelas caras criaram a Comissão da Verdade eles, deram gargalhadas. Vocês da imprensa sabem o que é informação, contra-informação e contra contra-informação. É muito simples", comentou.
Na última segunda-feira, ao comentar a atuação da OAB no caso de sua facada, Bolsonaro disse que poderia explicar ao presidente da entidade como o pai dele, preso e morto por agentes do Estado brasileiro, segundo a Comissão Nacional da Verdade, sumiu durante a ditadura.
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Na última terça-feira (30), Bolsonaro acrescentou que documentos sobre mortes no período são uma "balela".