As declarações recentes de Jair Bolsonaro estão causando revolta
em opositores e até mesmo em parte da base aliada do governo. O último a expressar preocupação com as falas do presidente foi o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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"Tempos estranhos. Onde vamos parar?", questionou o ministro, em entrevista ao jornalista Tales Faria, do portal UOL . "No mais, apenas criando um aparelho de mordaça", sugeriu Marco Aurélio .
Um outro ministro do STF , em condição de anonimato, também criticou as declarações de Bolsonaro para o jornalista. "O pior de tudo é o mau exemplo, a associação do sucesso político ou qualquer outro à incivilidade e à grosseria. Por outro lado, acho que pode ser um marco de como as pessoas não devem ser. A repugnância tem sido geral", disse o magistrado.
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A última polêmica aconteceu nesta segunda-feira (29), quando o presidente da República fez provocações contra Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem, ao lembrar do desaparecimento do pai dele, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, durante a dituradura militar.
“Um dia se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro.
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"Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular , o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro", continuou o presidente.