Segundo secretário Rogério Marinho, os entes da federação foram excluídos do texto por uma questão de posicionamento político
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Segundo secretário Rogério Marinho, os entes da federação foram excluídos do texto por uma questão de posicionamento político

O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta quarta-feira (24), em entrevista à rádio CBN, que a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência pelo Congresso depende dos governadores do Nordeste

Segundo ele, os entes da federação foram excluídos do texto por uma questão de posicionamento político: os chefes dos executivos locais da região, preponderantemente opositores ao presidente Jair Bolsonaro , não assumiram publicamente a defesa da proposta.

“A bola está com os governadores do Nordeste, que precisam se aproximar do Parlamento e colocarem suas necessidades, demonstrarem vontade de abraçar o texto. É uma mudança de humor”, disse Marinho.

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Ele admitiu que, para os estados, a proposta é "espinhosa", pois atingirá milhões servidores públicos de várias categorias. A falta de um posicionamento dos governadores teria deixado os deputados nordestinos em uma situação desconfortável.

Mas o secretário lembrou que existe um acordo que prevê que o Senado aprovará integralmente o texto que sair da Câmara . Ajustes como a inclusão de estados e municípios entrarão em uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Essa PEC teria de passar pela Câmara, depois de apresentada pelos senadores.

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Para Rogério Marinho , houve um grande amadurecimento da sociedade a favor da reforma da Previdência. Ex-deputado pelo estado do Rio Grande do Norte, ele disse que esteve recentemente na capital, em Natal, e todas as pessoas com os quais conversou se mostraram preocupadas com o risco de o texto ser desidratado no Senado .

“Conversei com garçons em restaurantes, pessoas em padarias e lanchonetes, gente da classe média e empresários. O tema amadureceu na sociedade e o que o Parlamento fez, quando votou a proposta, foi traduzir o sentimento da população.”

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Marinho acredita que o país terá de fazer uma nova reforma em um período de 15 a 20 anos. Mas disse que o governo teve uma vitória "extraordinária" na Câmara . Disse que foi preservada a espinha dorsal da reforma e destacou a idade mínima, as alíquotas progressivas e a igualdade entre os dois sistemas, o público e o privado, ao longo do tempo.

Sobre negociação de cargos e emendas, o secretário disse que é preciso parar de "demonizar". 

Segundo ele, em qualquer país do mundo,  o deputado , ao se eleger, tem a missão de levar recursos ao seu reduto eleitoral. “Mesmo com as mudanças que foram feitas, somos o país mais generoso da América Latina”, disse. 

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