O ex-ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma e ex-senador, Edison Lobão (MDB), o filho Márcio Lobão e a nora Marta Lobão se tornaram réus na Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na denúncia, a força-tarefa de Curitiba diz que, por meio da Odebrecht, foram feitos pagamentos ilícitos no valor de R$ 2,8 milhões, entre 2011 e 2014. A decisão foi proferida em 19 de julho, mas divulgada nesta terça-feira (23).
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A denúncia aponta que o esquema de corrupção envolve a construçao da Usina de Belo Monte, no Pará. A força-tarefa diz que os valores da propina foram divididos de modo que, de acordo com as investigações, 45% do suborno seria para integrantes do PT, 45% para integrantes do MDB, como Edison Lobão , e 10% para Antônio Delfim Netto.
A 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba também determinou o arresto e o sequestro de mais de R$ 7,8 milhões de bens e ativos financeiros dos três réus. A força-tarefa informa também que as provas do recebimento de propina foram retiradas de planilhas da Odebrecht , onde Lobão era identificado como "Esquálido".
"Os crimes de corrupção envolvendo a construção da Usina de Belo Monte, com o escoamento de milhões em propinas para políticos, revelam um triste contraste e um descaso com as comunidades atingidas pela obra", afirmou o procurador da República Athayde Ribeiro Costa na denúncia.
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O MPF pondera que a propina para Edison Lobão e o filho foi repassada pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em cinco entregas onde a nora do ex-ministro mantinha um escritório de advogacia com a família de seu sogro.