Alan Santos/PR
"Se Deus quiser não teremos mais pessoas como FHC e Lula" na política, diz

O presidente Jair Bolsonarodestacou que, "se Deus quiser", o Brasil terá uma política semelhante à que ele promove no Palácio do Planalto "de forma eterna". Durante café da manhã com correspondentes de jornais estrangeiros, o chefe do Planalto afirmou esperar que o país nunca mais seja governado por pessoas como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva ou Dilma Rousseff.

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"Para a tristeza de vocês, se Deus quiser, tudo vai dar certo, uma política semelhante à minha vai continuar presente no Brasil de forma eterna. Não teremos mais pessoas como Fernando Henrique Cardoso , Lula ou Dilma , entre outros. O povo entendeu que essas pessoas não representavam o interesse do país, em grande parte governo voltado à corrupção e descomprometimento com o futuro do seu país", criticou Bolsonaro .

Segundo o presidente, pela primeira vez um presidente "busca cumprir com todas as forças o que prometeu durante a campanha". Questionado sobre uma possível disputa pela reeleição em 2020, Bolsonaro lembrou que havia condicionado a desistência da nova candidatura ao Planalto à realização de uma reforma política. Ele disse que, "pelo que tudo indica", o país não terá uma reforma do tipo.

"Sempre falei durante a campanha: se for feita uma boa reforma política, dentro dessa reforma diminuindo o número de parlamentares federais, estaduais e municipais, entre outras, eu abrirei mão da reeleição. Como essa reforma depende basicamente do Parlamento, e não minha [iniciativa], pelo que tudo indica, não teremos reforma política", destacou o presidente.

Bolsonaro reforçou aos jornalistas que não haver reforma política não significa um revés em sua plataforma de campanha.

"Não estou mudando meu posicionamento de durante a campanha, até porque, durante a campanha, ninguém me acompanhou, nem a imprensa local muito menos a de fora", ressaltou ele.

Em entrevista à revista Veja , em maio, Bolsonaro disse que desistiria da reeleição caso Senado e Câmara aprovassem mudanças na estrutura do Parlamento. Destacou, na ocasião, que, nestas condições, "topava ir para o sacrifício".

"Porque um dos grandes problemas do Brasil na política é a reeleição. O cara chega ao final do primeiro mandato dele, ou ele quer continuar no poder, que lhe deu fama e prestígio, ou ele quer continuar porque se o outro, o adversário, assumir vai levantar os esqueletos que ele tem no armário. Existe isso no Brasil. Então o meu caso é o seguinte: com uma boa reforma política, que diminuiria o número de parlamentares de 500 para 400, entre outras coisas mais, eu toparia entrar nesse bolo aí de não disputar a eleição", comentou Bolsonaro .

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Líderes de partidos na Câmara apontaram, na época, que o próprio presidente deveria apresentar uma proposta de reforma política ao Congresso.

Apesar de ter recebido uma  proposta de mudança do sistema eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está está focado na agenda econômica e não deve pautar uma reforma política de grande impacto antes do pleito de 2020. Para ele, as eleições municipais já enfrentarão alterações suficientes com o fim das coligações proporcionais, aprovado pelo Congresso em 2017. 

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