A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) para assumir a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos parece estar cada vez mais próxima de se concretizar. Seu pai, o presidente Jair Bolsonaro , disse nesta sexta-feira que "já está tudo certo" e que agora falta a resposta dos americanos, que ele disse achar "muito difícil" ser negativa. A partir daí, o governo encaminhará a indicação do Senado , onde Bolsonaro disse ter certeza que o filho será aprovado após passar por uma sabatina.
Leia também: Bolsonaro defende decisão de Toffoli sobre compartilhamento de dados
O presidente, no entanto, não soube explicar com segurança se o Ministério das Relações Exteriores já enviou um pedido de agrément — consentimento de um Estado para que um diplomata estrangeiro seja nomeado para função em seu território — aos Estados Unidos .
"Falta a resposta dos Estados Unidos. Uma vez havendo a resposta... o [chanceler] Ernesto Araújo está fora do Brasil... a gente comunica o Senado Federal para que seja marcada a data da sua sabatina", declarou. "Já deve ter mandado ali... Isso é uma praxe, tá num acordo, uma legislação de Viena. Nesse sentido temos que fazer isso daí. Duvido, acho muito difícil, ter uma negativa por parte dos Estados Unidos. E ele vai ser nosso cartão de visita lá. Sabe da tremenda responsabilidade terá pela frente", declarou.
Você viu?
Segundo Bolsonaro , o filho "vai ser vitrine" se ocupar o posto diplomático e "está indo para trabalhar nos EUA", além de já ter um relacionamento com vários países, o que não é exigido para a função.
"Tu acha (sic) que eu ia botar uma pessoa que não tivesse competência para exercer uma nobre missão como essa? — questionou o presidente, voltando a fazer críticas a ex-chefes de missões diplomáticas em Washington. "Você pode ver os últimos embaixadores do PT nos Estados Unidos... Me aponte uma ação deles favorável ao Brasil", desafiou.
Leia também: Lava Jato falhou ao não chegar ao Judiciário, diz Marcelo Bretas
Bolsonaro
afirmou ainda que o Brasil não pode ter "embaixador escolhido pelo critério ideológico" para postos-chave, depois de reclamar que um chefe do posto brasileiro em Israel no governo Dilma Rousseff (PT) foi para a Palestina durante uma visita sua ao país anos atrás, para não conversar com ele.