O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na noite desta terça-feira (16) que, caso seja descartado em uma eventual campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022, vai para o Posto 6, no Rio, jogar vôlei de praia.
“Olha, o presidente me chamou para compor a chapa e eu vim, única e exclusivamente, para ser soldado do Brasil e auxiliar ele. Se chegar em 2022, na briga política ele precisar de um outro tipo de sustentação para concorrer, excelente. No hard feelings. Vou pro posto 6, duplinha”, disse Mourão .
Ao ser questionado se analisava a possibilidade de ter um vice evangélico em uma possível disputa por uma reeleição, o presidente Bolsonaro disse que não gostaria de "queimar Mourão".
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“Pode ser, a gente não sabe. Não quero queimar o Mourão agora”, disse, completando: “Parabéns ao Mourão porque faz uma semana que ele não dá declaração a vocês”, disse, em meio a risos, mas observando que "se dá muito bem com Mourão."
Ao ser perguntado se ele já havia se decidido a concorrer a reeleição , Bolsonaro afirmou que "se Brasil entrar nos trilhos" terá uma definição "lá na frente." Ele observou que, embora não trabalhe pensando em um novo mandato, tem recebido o "apoio de muitos setores da sociedade."
“Se o Brasil entrar nos trilhos, lá na frente a gente decide. Tenho apoio enorme de muitos setores da sociedade. Eu acho que a gente tá fazendo o possível, em parte Temer deu grande parte na reforma trabalhista, no acordo do Mercosul . Eu mesmo dizia no passado que era contra o Mercosul pelo viés ideológico”, observou.
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Na entrevista desta terça-feira, Mourão disse ainda que é sua tarefa auxiliar o presidente sem atropelar os fatos. O vice afirmou que é necessária “disciplina intelectual” para reconhecer seus limites. “É necessário chegar na porta do avião e cheirar o vento. Mas quem pula é o presidente”, disse.
Ao ser questionado sobre a intenção do presidente de indicar o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, Mourão disse que ficou surpreso . “Foi mais surpresa. Na minha idade não dá para tomar susto. O deputado Eduardo Bolsonaro, dentro do que a legislação prevê para pessoas fora da carreira diplomática, ele atende aos requisitos. Decisão (de presidente) não se discute. Sucesso ao Eduardo se realmente ele for designado pelo presidente.”