Um dia depois de aprovar a reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concedeu entrevista ao jornal O Globo na qual falou sobre os próximos passos da agenda econômica.
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Embora ainda seja preciso aprovar a proposta em segundo turno no plenário da Câmara, Maia apontou três novos eixos: reforma tributária ,reestruturação de carreiras do funcionalismo e reforma social. Essa última envolve ações para melhorar a alocação do dinheiro público. Segundo Maia , “para recuperar o respeito da sociedade, o parlamento precisa assumir seu protagonismo”.
Ainda de acordo com o deputado, é preocupante o governo não ter uma agenda num momento em que houve aumento da pobreza e do desemprego. Para ele, a liderança do governo no Congresso não tratou dos interesses dos mais pobres na reforma da Previdência e sim das corporações que ajudaram a eleger o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
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Leia um trecho da entrevista:
Aprovada a Previdência na Câmara, a agenda reformista veio para ficar?
Meu sentimento é que sim. A agenda das reformas tem um objetivo. Ninguém quer reformar por reformar. Os deputados estão brigando por R$ 10 milhões de emendas, enquanto a Previdência está tomando da gente R$ 50 bilhões a mais a cada ano. Estamos perdendo esse montante para financiar uma distorção em detrimento de podermos atender ao eleitor que nos trouxe ao parlamento.
Quais são os grandes temas que vêm pela frente?
Além da Previdência, reestruturação de carreiras, reforma tributária e reforma social. Esta última, a Câmara pode fazer.