A rejeição dos brasileiros ao Congresso Nacional cresceu. É o que diz o mais recente levantamento do Datafolha , realizado entre 4 e 5 de julho, antes da votação da reforma da Previdência . Os entrevistados que avaliam o desempenho de senadores e deputados como ruim ou péssimo aumentou e soma atualmente 38%. No início do ano, este grupo representava 32%.
Já o número de entrevistados que consideram o Congresso ótimo ou bom somam apenas 16% (em abril, este número estava em 22%, segundo levantamento anterior).
De acordo com o Datafolha , 42% dos que responderam a pesquisa, avaliam a atuação dos congressistas como regular (em abril, eram 41%). Quatro por cento não souberam responder.
O levantamento ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
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Influência da escolaridade
A pesquisa revela que quanto maior a escolaridade, maior é a insatisfação com os congressistas. Avaliam o Congresso como ruim ou péssimo 32% dos entrevistados com com ensino fundamental. Entre os possuem diploma de ensino superior, o índice é de 47%.
Habitantes das grandes cidades mostram-se mais insatisfeitos na pesquisa: 43% dos moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes consideram ruim o desempenho do Legislativo federal, contra 33% dos que moram nos de até 50 mil habitantes.
Congresso e governo Bolsonaro
O cruzamento da opinião sobre o Congresso com a avaliação do governo de Jair Bolsonaro (PSL) é um dos pontos de destaque da pesquisa do Datafolha : 26% dos que aprovam o presidente consideram o desempenho dos congressistas ótimo ou bom. Já entre os que avaliam o governo de Bolsonaro ruim, apenas 10% aprovam os deputados e senadores.
No início da semana, o Datafolha
divulgou pesquisa que aponta estabilidade na avaliação do governo de Bolsonaro, sendo aprovado por 33%. Outos 33%, porém, consideram o atuação do presidente ruim ou péssima, número semelhante ao que deram para o Congresso
. Os números são próximos aos apresentados pelo instituto há três meses. Na ocasião, Bolsonaro teve a pior avaliação entre presidentes no primeiro mandato.