O jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, participa nesta quinta-feira de uma audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para falar sobre as supostas mensagens entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, vazadas em reportagens assinadas no site jornalístico.
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O convite do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi feito para que Glenn Greenwald
pudesse esclarecer as supostas conversas, divulgadas desde o dia 9 de julho. As reportagens assinadas no Intercept e em outros meios de comunicação têm mostrado supostas trocas de mensagens pelo aplicativo Telegram entre Moro
e procuradores, colocando em dúvida a necessária imparcialidade na condução dos processos judiciais, já que o então juiz aparece orientando os acusadores nos processos referentes à Lava Jato.
Para o senador, o conteúdo revelado "traz enorme preocupação no que diz respeito a uma possível interferência em processos, na contramão do princípio da imparcialidade, que deve balizar a conduta de membro do Ministério Público e do Poder Judiciário".
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Randolfe também citou os ataques públicos que o jornalista sofreu, de setores do governo, inclusive de Sergio Moro, que questiona a veracidade dos diálogos, sem negá-los.
"Logo, a presença do autor dessas impactantes reportagens a esta comissão é fundamental para o esclarecimento de um assunto que vem trazendo enorme repercussão no país. É a oportunidade para que ele traga as explicações que considera necessárias à sociedade brasileira", alegou Randolfe em seu requerimento.
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Glenn Greenwald
já esteve na Câmara dos Deputados, onde defendeu a liberdade de imprensa e a transparência e reafirmou a autenticidade das conversas vazadas. O jornalista afirmou que o site está enfrentando pessoas poderosas do país, o que resultou em ameaças contra a sua vida e a de sua família.